Zoonose
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Zoonoses são doenças de animais transmissíveis ao homem, bem como aquelas transmitidas do homem para os animais. Os agentes que desencadeiam essas afecções podem ser microorganismos diversos, como bactérias, fungos, vírus, helmintos e rickettsias.
A partir do momento em que homem dominou a agricultura e o pecuarismo, deixando de viver como nômade e se estabelecendo próximo a fontes de água e alterando esses ambientes, ele desencadeou as primeiras zoonozes. Não só por estar entrando em contato com mosquitos e insetos, mas esses povos, com abundância de alimentos começaram a crescer rapidamente. Agora imaginem, sem o conhecimento, eles evacuavam nessas fontes de água e bebiam da mesma, antes como nômades, eles migrariam dali e os mecanismos naturais tornariam essa fonte de água potável novamente, porém agora instalados nessa área com tudo o que eles precisam, criando animais soltos dentro de suas casas e em pobres condições higiênicas, seria uma questão de tempo até o surgimento de novas doenças.
Nos tempos atuais, a abertura de estradas através da floresta e a construção de novas cidades no interior leva o homem a invadir o ambiente natural de numerosas zoonoses, como a leishmaniose e a febre amarela silvestre. A intromissão tem como conseqüência a inclusão do homem no ciclo de desenvolvimento da doença.
O termo antropozoonose se aplica a doenças em que a participação humana no ciclo do parasito é apenas acidental, ou secundária, como ocorre na hidatidose. Nessa parasitose, o ciclo se completa entre cães, que hospedam a forma adulta do parasito, e carneiros, que abrigam a forma larvária. O homem, ao ingerir os ovos provenientes do cão, passa a comportar-se como hospedeiro intermediário, no qual só se desenvolve a forma larvária. O termo zooantroponose se aplica a parasitoses próprias do homem, que acidentalmente podem transferir-se para animais. É o exemplo da amebíase causada pela Entamoeba histolytica, que acidentalmente pode manifestar-se em cães.
Existem, no entanto, muitos parasitos que não causam doenças em animais, mas que, transmitidos ao homem, encontram nesse novo hospedeiro melhores condições de desenvolvimento e multiplicam-se ativamente, aproveitando-se das insuficiências defensivas desse último e acarretando graves lesões. As variantes dessa situação, envolvendo o homem, o agente etiológico e os animais reservatórios, são muito freqüentes na natureza.
Nas comunidades selvagens, o parasito ocupa seu lugar hospedado em animais e transmitido por artrópodes hematófagos. A esse ambiente dá-se o nome de nicho ecológico da doença. A leishmaniose cutâneo-mucosa, doença causada por um protozoário, a Leishmania braziliensis, tem seu ciclo de desenvolvimento entre os roedores (hospedeiros), a Leishmania (parasito) e os flebótomos (transmissores), pequenos insetos hematófagos que vivem na copa das árvores. A doença se mantém dessa forma na natureza até à chegada do homem que, para construir estradas, derruba árvores e permite que o flebótomo possa alcançá-lo e lhe transmita o parasito.
TÚLIO BEIRINHA...
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